Um sonho machadiano
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NESTE artigo pretende-se sondar o foco narrativo do último romance de Machado de Assis, o Memorial de Aires, utilizando-se para tanto alguns textos de santo Agostinho e Pascal, sugerindo que a voz do Conselheiro Aires resulta de uma espécie de simulação de afastamento do mundo sensitivo. Paradoxalmente, o distanciamento permite a escuta aguda do que vai no tempo, isto é, na história, num movimento de aproximação e recuo que a matriz agostiniana pode ajudar a compreender.
- Pedro Meira Monteiro
- Artigo
- ISSN 0103-4014 versão impressa / ISSN 1806-9592 versão On-line
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