Os Estados Unidos e o mundo: as torres gêmeas como metáfora
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EM 24 DE OUTUBRO DE 1990, fui convidado para proferir a palestra inaugural da série "Palestrantes Ilustres" em comemoração ao bicentenário da Universidade de Vermont. O título da conferência era "Os Estados Unidos e o mundo: hoje, ontem e amanhã" (1),e falei sobre as bênçãos de Deus à nação norte-americana: prosperidade no presente, liberdade no passado e igualdade no futuro. Por algum motivo, porém, Deus não concedera essas bênçãos a todas as pessoas em todos os lugares. Observei o quanto os norte-americanos pareciam cientes dessa distribuição pouco eqüitativa da graça divina. Afirmei que os Estados Unidos sempre haviam se definido, sempre haviam medido suas bênçãos, tomando o mundo como parâmetro. Nossa situação foi melhor, é melhor e será melhor que a dos demais. Talvez bênçãos universais não possam ser consideradas verdadeiras bênçãos. Talvez imponhamos a Deus a exigência de que Ele salve apenas uma minoria.
- Immanuel Wallerstein
- Artigo
- ISSN 0103-4014 versão impressa / ISSN 1806-9592 versão On-line
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