Programação
ENSAIOS FOTOGRÁFICOS
As vozes do Rio de Janeiro em 2013. (Curadoria)
De Daniela Fichino e Veronica Freitas (PPGS/USP). 2013, Rio de Janeiro
Bloco Ilú Obá de Min, mão femininas que tocam tambores para Xangô.
De Yara Schreiber Dines (LISA/USP). 2018; São Paulo
Caixa- preta sevilhana.
De Edilson Pereira (UERJ), 2018; Sevilha/Espanha
Colonos: um ensaio sobre os rostos da “fronteira” Amazônica.
De Pedro Frizo (UFRGS); 2017; Apuí/AM
Com a proteção de Jorge.
De Ana Paula Campos e Cleiton Maia (PPGCS/UERJ). 2017 e 2018; Rio de Janeiro/RJ
Entre etnografia e história Apyâma: vislumbramento de traços da cosmopolítica indígena.
De Paula Grazielle Vianna Reis (PPGAn/UFMG); 2017 ; Arquivo da Prov. Frei Batolomeu: Belo Horizonte/MG e Terra Indigena Urubu Branco/MT
Entrechos anônimos em territorialidade.
De Natalia Negretti (PPGCS/Unicamp); 2017; 2018 São Paulo/SP
Ocupar o porto.
De Ana Clara Chequetti (PPCIS/UERJ), 2015; Rio de Janeiro/RJ
Para quem os congos dançam?
De Izabela Tamaso (UFG); 2017; Cidade de Goiás/GO
Pela alma da cidade.
De Athos Vieira (IESP-UERJ); 2018; Rio de Janeiro
Perecível.
De Felipe Camilo Kardozo; 2017; Fortaleza/CE
Stênio Diniz: vislumbres.
De Jeanine Torres Geammal (PPGSA/UFRJ, EBA/UFRJ); 2018; Juazeiro do Norte/CE
Territórios proibidos.
De Duvan Escobar; 2014; Colômbia
Vamos ocupar a cidade.
De Jonatha Vasconcelos (UFS); 2017; Aracaju e Região Metropolitana
MOSTRA DE FILMES
1ª sessão: Populações tradicionais, cosmologias e religião
Dia 23/10, terça-feira das 20h30 às 22h30, sala 5 - anfiteatro Caxambu
A cidade indígena de São Gabriel da Cachoeira
De José Carlos Matos Pereira (MN/UFRJ); 2017; São Gabriel da Cachoeira/AM; 29min.42seg.
Neste documentário apresentamos como vivem os indígenas na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM): onde moram, quais são suas dificuldades, como se organizam politicamente, suas reinvidicações e pautas políticas, que práticas oriundas da aldeia permanecem na cidade e que relações mantém com a aldeia. Resultado pós-doc no PPGAS/MN/UFRJ, sob supervisão de Moacir Palmeira e José Sérgio Leite Lopes, financiado pela Capes/Faperj e contou com o apoio de diversas organizações indígenas que se dispuseram a relatar as suas lutas e seu modo de vida na cidade.
Monocultura da fé
De Joana Moncau (USP), Spensy Pimentel (UFSB), Gabriela Moncau (USP), Izaque João (UFGD); 2017; São Paulo/SP e Dourados. 23 min.
O filme é parceria entre jornalistas e pesquisadores e é resultado de pesquisa inicialmente conduzida por Spensy Pimentel e pelo historiador kaiowa Izaque João para o Museu do Índio e depois finalizada a partir de apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos em 2016, para apurar violações cometidas contra os xamãs guarani-kaiowa por parte de grupos evangélicos. A gravação foi realizada a pedido dos xamãs indígenas e busca divulgar suas denúncias, chamando atenção para o problema da intolerância religiosa nas comunidades indígenas do sul de Mato Grosso do Sul.
Nosso Sagrado
De Fernando Sousa (UERJ); Jorge Santana (UERJ) e Gabriel Barbosa (UFF); 2017; Rio de Janeiro/RJ; 30min.
Na Primeira República (1889-1930) como também na Era Vargas (1930-1945) as comunidades tradicionais de terreiro eram criminalizadas, seus religiosos perseguidos e seus objetos sagrados eram apreendidos. No Rio de Janeiro, há registros de que mais de 200 objetos foram apreendidos pela polícia, que após o final da criminalização oficial passaram a fazer parte do acervo no Museu da Polícia Civil. O documentário Nosso Sagrado aborda o passado de perseguição das comunidades tradicionais de terreiro, a coleção "Magia Negra" que se encontra no Museu da Polícia, a dificuldade de acesso ao acervo por religiosos, pesquisadores e a população em geral, bem como a luta para libertar os objetos sagrados que estão há 100 anos sob posse da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Wapu: O açaí dos Waiana
De Andre Lopes (USP) e Tyna Apalai Wayana; 2017; Macapá/AP e São Paulo/SP; 29 min.
Ao decidirem realizar um documentário sobre o açaí, um fruto amplamente consumido na Amazônia, jovens indígenas do povo Wayana filmam pela primeira vez como coletam e preparam a sua bebida. Nas entrevistas com um ancião da aldeia, eles descobrem uma música que antigamente era cantada para o fruto e hoje não é mais praticada pelas novas gerações. Instigados pela oportunidade de gravarem uma versão moderna do canto, eles resolvem compor uma música na aldeia, mesclando convenções e invenções na sua nova criação.
2ª sessão: Imagens das cidades, espaços da memória
Dia 24/10, quarta-feira das 8h30 às 10h30, sala 5 - anfiteatro Caxambu
Bastidores
De Coletivo Olhares - João Pedro Diaz (CPDOC/FGV-RJ), Luã Leal (Unicamp), Sergio Faria (CPDOC/FGV-RJ) ; 2016; Rio de Janeiro/RJ 27min.36seg
O documentário “Bastidores” propõe um cinema de encontros no universo teatral. Entre o palco e a coxia, o Coletivo Olhares acompanhou os técnicos. Nilton, Tainã e Luiz em suas rotinas que atravessam as fronteiras dos mundos da arte e do trabalho. Anônimos e invisíveis para o público, nossos protagonistas reproduzem o espetacular a cada dia de labuta sem receber os aplausos ao final do espetáculo.
Bicha Braba
De Soraya Fleischer (UnB); 2015; Brasilia/DF; 30 min.
Como é conviver com um problema de pressão ou com açúcar no sangue? Como é cuidar de distúrbios tidos como crônicos e incuráveis para o resto da vida? E naqueles dias em que a bicha fica braba? Cerca de metade da população brasileira com mais de 60 anos precisa lidar com duas doenças crônicas e metabólicas, a diabetes e/ou a pressão alta diariamente. Sete moradores da Guariroba, bairro histórico da Ceilândia (Distrito Federal), contam como têm inventado táticas para lidar com o que notam afetar a pressão ou a diabetes: o alimento, o medicamento, os conflitos em casa, na vizinhança ou com os profissionais de saúde. Considerados como experts, pelo tempo com que percebem e interpretam sinais emitidos pelo próprio corpo, essas senhoras e senhores ensinam sobre envelhecimento, autocuidado e ativismo. Lembram que diabetes e/ou pressão alta são complexidades ontológicas muito além das fronteiras da fisiologia. O filme foi produzido a partir de uma etnografia realizada no bairro da Guariroba entre 2008 e 2014, coordenada pela Profa. Soraya Fleischer e acompanhada de vários estudantes de graduação. Um projeto, portanto, fílmico, mas também pedagógico, importante como uma formação profissional multimídia para estudantes de Antropologia.
Memórias e identidades da metrópole: cartografando espaços de significações no Distrito Federal
De Edson Farias (UnB), Bruno Couto (UnB); Mauricio Chade (UnB) e Renato Perroto (UnB); 2018; Brasilia/DF; 28min.19seg.
O projeto de pesquisa “Memórias e identidade(s) da metrópole: cartografando espaços de significações no Distrito Federal” teve como objetivo construir uma nova abordagem de investigação a respeito da trama sócio-urbana de Brasília e do Distrito Federal. Através de um conjunto de trabalhos de cunho sociológico e historiográfico, esta proposta coletiva de pesquisa mapeou e interpretou memórias e experiências históricas de indivíduos e grupos inscritos na rede urbana do Distrito Federal. Por meio do que denominou-se “etnografias históricas e cartografias de memórias”, foram feitos a reconstituição e mapeamento de um conjunto de trajetórias individuais e coletivas, analisando como as vivências e memórias a elas vinculadas contribuíram para a composição da diversidade histórico-cultural de Brasília e do Distrito Federal nas últimas cinco décadas. Enquadraram-se neste escopo agentes e grupos artístico-culturais, geracionais, dentre outros, com o propósito de registrar e compreender como se deram sua inserção e experiências dentro da trama metropolitana que habitam. Portanto, trata-se de uma pesquisa coletiva pautada especificamente na tentativa de cartografar os “espaços de significações” – espaços simbólicos, tramas de significados – que compõem a vida urbana da metrópole. A pesquisa resultou em um web-documentário de 6 episódios, dos quais 3 aqui apresentamos.
O Sabiá do Samba
De Diego Tavares (UFF), Beto Waite (UFF) e Pedro Bálaco (UFF); 2016; Niteroi/RJ; 14min.10seg.
Djalma Sabiá, o último remanescente vivo da fundação da Escola de Samba carioca Acadêmicos do Salgueiro, vive em sua casa que é tanto sua moradia quanto seu museu do carnaval carioca. Para a câmera ele reflete sobre a memória, a passagem do tempo, e sobre sua história, que se confunde com a própria história do samba.
Palmira, a cidade inventada
De Caue Nunes (Unicamp); 2018; Campinas/SP; 10 min.
Falso documentário que conta a história de um sírio refugiado no Brasil. Ele é fundador de uma organização na cidade de Palmira, que milita pela paz, contra a invasão do Estado Islâmico, mas também contra o governo de Beshar al-Assad. Ele conta sobre a prisão, a tortura e sua fuga, além de refletir sobre a destruição dos monumentos históricos da cidade. (Baseado em um relato real).
3ª sessão: Direito à Imagem, Memória e visibilidade
Dia 25/10, quinta-feira das 17h30 às 19h30, sala 5 - anfiteatro Caxambu
Nossos mortos têm voz
De Gabriel Barbosa (UFF) e Fernando Sousa (UERJ); 2018; Rio de Janeiro/RJ; 28 min.
A narrativa do documentário é construída a partir do depoimento e do protagonismo das mães e familiares vítimas da violência de Estado da Baixada Fluminense. Tendo como ponto de partida esses casos, mas não se limitando à crueza da violência praticada, o documentário pretende trabalhar com as histórias atravessadas por essas perdas. Pretende-se resgatar a memória dessas vidas interrompidas trazendo uma visão crítica sobre a atuação do Estado através das polícias na Baixada Fluminense, sobretudo no que diz respeito à violência contra jovens negros.
Tantos e quantos: os mineiros do Morro Velho
De Tádzio Peters Coelho (PoEMAS e Movimento pela Soberania Popular na Mineração); 2017; Raposos/MG; 30 min.
O documentário trata da luta por justiça dos trabalhadores de uma das maiores minas de ouro do Brasil, a Morro Velho, onde os mineiros adquiriram a doença silicose. Assim, o documentário retrata os limites da justiça do trabalho, a _influência de grandes empresas no âmbio jurídico e das memórias e lutas dos mineiros do Morro Velho.
É golpe? - 8 Opiniões durante a manifestação de 4/9/2016 na Av. Paulista - São Paulo - "Fora Temer"
De Allan Ferreira, Ana Carolina Trevisan, Camilo Ferreira ( NUPEPA/ImaRgens; USP); 2016; São Paulo/SP; 24min.44seg.
O filme apresenta oito entrevistas realizadas durante manifestação de repúdio à posse de Michel Temer. Quatro dias após ascender oficialmente ao cargo de presidente da república foram convocadas manifestações em todo o país. O que pensam pessoas que estiveram na Avenida Paulista durante a manifestação de 4/9/16? (manifestação convocada pelas redes sociais para “repudiar o governo ilegítimo de Michel Temer”). O que pensam os que estavam presentes no ato incidentalmente ou para de fato participar do protesto? Um jornalista, uma advogada, uma estudante, uma professora, um artista de rua, um médico, uma comerciante ambulante francesa e um aposentado. Quais as impressões e opiniões destas pessoas sobre o processo de impeachment de Dilma Roussef? A condenação sem comprovação de crime de responsabilidade é um golpe? Qual a impressão das pessoas sobre o contexto político atual? E o papel da mídia, qual é? Este minidocumentário independente feito para o ImaRgens por dois de seus participantes se propõe a discutir a questão da maneira mais aprofundada que o formato de documentário permite alcançar em comparação com materiais jornalísticos tradicionais. O arquivo audiovisual permite observar do ponto de vista sociológico narrativas apresentadas pelos participantes naquele momento histórico.
Memórias de um Rio Fabril
De Paulo Fontes (CpDoc/FGV-RJ); Thais Blank (CpDoc/FGV-RJ); Isabel Joffily (CpDoc/FGV-RJ). 2017; Rio de Janeiro/RJ; 22min.
Três fábricas no Rio de Janeiro Mostram a força do passado industrial e a sua importância para a vida social carioca. Cada uma delas deve um destino após seu fechamento, mas todas são capazes de falar sobre a cidade na qual nasceram e morreram.