Programação
COLÓQUIOS
CQ01 - Novas perspectivas nas pesquisas sobre administração de conflitos, controle social e punição
1ª sessão: A pesquisa no campo da punição e da segurança: atores, instituições e desafios teórico-metodológicos
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 11 – Hotel Lopes
O objetivo da mesa é discutir diferentes abordagens de pesquisa empírica sobre o campo da segurança pública e das instituições penais no Brasil. Segurança e punição têm ocupado cada vez mais espaço nos debates políticos do país, em contraste com a ausência de reformas institucionais no período democrático. Não obstante, neste período, houve muita disputa em relação à prática dos atores, aos processos de profissionalização, ao papel político das instituições policiais, judiciais, penitenciárias e socioeducativas, bem como a emergência de lutas em torno de concepções a respeito do crime, dos criminosos, da punição e das funções da pena. O campo é caracterizado pela opacidade das instituições em relação às suas práticas e pelo acesso fechado ou restrito aos olhares externos, como o dos pesquisadores. Considerando a centralidade social e política e os desafios que se colocam para a pesquisa acadêmica no âmbito destas instituições e atores (gestores, profissionais, criminosos, vítimas), a mesa pretende mapear trabalhos já realizados, discutir avanços e dificuldades metodológicas e propiciar um debate sobre os aportes teóricos que balizam o campo.
Coordenação da sessão: Jacqueline Sinhoretto (UFSCar)
Expositor(a)s: Camila Caldeira Nunes Dias (UFABC), Liana de Paula (UNIFESP), Pedro Heitor Barros Geraldo (UFF)
2ª sessão: Desafios metodológicos nas pesquisas sobre violência, crime, segurança pública, sistema de justiça criminal e punição
Dia 25/10, quinta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 11 – Hotel Lopes
Nas últimas décadas, os temas voltados à violência, à segurança pública, ao sistema de justiça criminal e à punição têm ocupado cada vez mais a agenda de pesquisa nas Ciências Sociais, gerando uma expressiva multiplicidade de objetos de análise e de possibilidades de abordagens teóricas e metodológicas. Face ao acúmulo de trabalhos acadêmicos já produzidos na área, a proposta da mesa é debater os desafios metodológicos que se apresentam para as pesquisas, nos diversos campos das Ciências Sociais, em relação àqueles temas. Tais desafios envolvem tanto a qualidade da produção de dados estatísticos e informações oficiais a serem incorporadas nas análises de pesquisadores da área como os muitos obstáculos para a realização de pesquisas qualitativas e sua combinação com as pesquisas quantitativas.
Coordenação da sessão: Fernando Afonso Salla (USP)
Expositor(a)s: José Luiz Ratton (UFPE), Renato Sérgio de Lima (FBSP), Giane Silvestre (USP)
Debatedor: Marcos Cesar Alvarez (USP)
CQ02 - Segurança pública e a intervenção no Rio de Janeiro
1ª sessão: A Segurança Pública depois da Intervenção no Rio de Janeiro - Balanço e Perspectivas
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 12 – Hotel Lopes
A proposta da mesa é discutir a situação das políticas de segurança pública no Brasil, após a inédita intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, dando às Forças Armadas a coordenação da área e o comando sobre as polícias civil e militar. O interventor nomeado, o General Braga Netto, Comandante Militar do Leste, assumiu a atribuição, indicando o novo secretário de segurança pública, General Richard Nunes. A intervenção despertou desconfiança e ceticismo entre os pesquisadores da área. Quais serão os efeitos da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro? Implicam na falência da política em democracia, e no retorno da tutela militar sobre o poder civil, ou constituem apenas mais um capítulo de um longo processo de participação do Exército na segurança pública do Rio de Janeiro? Como a intervenção se articula com a criação do Ministério da Segurança Pública, e quais as suas implicações em outros estados? Estas são algumas das questões propostas para o debate entre os especialistas convidados, que tem participado do debate público sobre o tema nos últimos meses.
Coordenação da sessão: Marlene Spaniol (FBSP)
Expositor(a)s: Sérgio Adorno (USP), Jacqueline de Oliveira Muniz (UFF), Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS
2ª sessão: Rio de Janeiro, cidade sitiada pela força pelo medo
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 12 – Hotel Lopes
A intervenção federal de caráter militar na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro foi um dos principais temas do noticiário do ano de 2018. Do ponto de vista militar, foi um episódio inédito desde a vigência da Carta de 1988 e despertou reflexões e temores sobre possibilidades do protagonismo militar na segurança pública e até na política. No que toca à segurança pública, foi uma mensagem de que as instituições estaduais de polícia não são suficientes e/ou confiáveis para garantir a segurança dos fluminenses e cariocas. No centro do debate, o temor com o crime organizado que provoca conflitos armados, mata aleatoriamente e transmite a arrogância de um poder imbatível frente a um governo falido e uma sociedade assustada. Particularmente a cidade do Rio está sitiada pelo medo. As ruas vazias, abandonadas, sem convivência comunitária nos espaços públicos. A vida de uma cidade depende de uma sociedade ativa, como nos ensinou Jane Jacobs no clássico Morte e vida de grandes cidades.
Coordenação da sessão: Maria Celina D'Araujo (PUCRio)
Expositor(a)s: Maria Celina D'Araujo (PUC-Rio), Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro (UFMG), Luís Alexandre Fuccille, UNESP
Debatedor(a): Alcides Costa Vaz (UnB)
CQ03 - Junho de 2013: um balanço necessário
1ª sessão: Cinco anos depois de Junho de 2013: política, democracia e as esquerdas no Brasil
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 15 – Hotel União
Esta sessão propõe-se a discutir a forma como os protestos de Junho de 2013 atravessam as turbulências, dilemas e impasses políticos que marcam os anos que lhes sucederam. Negando olhares simplificadores – que pensam Junho de 2013 ora como irrelevante, ora como a origem das instabilidades políticas e da debilitação da democracia – a mesa busca discutir, por trilhas e enfoques diversos, alguns dos desdobramentos desse ponto de inflexão da história recente brasileira. O objetivo é discutir o momento atual da vida política no país, situando os protestos de 2013 em quadros ampliados. Esse propósito será perseguido por meio de três linhas de investigação: (1) o debate sobre a relação entre ciclos de protestos e ciclos políticos mais amplos, enfocando, especificamente, o esgotamento do ciclo político da redemocratização no país; (2) as ambivalentes relações de Junho de 2013 e a democracia brasileira, dadas as dimensões civis, não-civis e anticivis desse processo político; (3) a multiplicidade de interpretações sobre 2013, prognósticos sobre a democracia e posicionamentos táticos por parte das diferentes vertentes da esquerda brasileira.
Coordenação da sessão: Ricardo Fabrino Mendonça (UFMG)
Expositor(a)s: Breno Bringel (UERJ/IESP), Luciana Maria de Aragão Ballestrin (UFPel), Francisco Mata Machado Tavares (UFG)
2ª sessão: O polissêmico Junho de 2013, cinco anos depois: teorias, interpretações e legados
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 15 – Hotel União
As grandes manifestações ocorridas no mês de junho de 2013, bem como algumas que lhe seguiram, completam em 2018 meia década, tempo talvez já suficiente para a maturação de análises mais cuidadosas e diversificadas a respeito de seus significados. As ciências sociais brasileiras continuam desafiadas a decifrá-las em suas múltiplas dimensões, para além dos enquadramentos reducionistas que certos agentes políticos e midiáticos insistem em utilizar. O presente momento que vivemos é propício para a confecção de um balanço analítico das "jornadas de junho de 2013", desdobrado em três vertentes: 1) a continuidade do exame realizado a partir das teorias e pesquisas em movimentos sociais, em cuja trajetória histórica as manifestações em questão irrompem problematicamente; 2) um levantamento das interpretações mais recorrentes ou exemplares sobre as "jornadas", acionadas por diferentes atores políticos e intelectuais, em função de uma diversidade de motivações de ordem social; 3) a reflexão sobre os legados de "junho de 2013", suas continuidades e descontinuidades referidas a outros movimentos político-sociais, seu impacto sobre a conjuntura brasileira da segunda metade da atual década.
Coordenação da sessão: Marco Antonio Perruso (UFRRJ),
Expositor(a)s: Olívia Cristina Perez (UFPI), Pablo Ortellado -(USP), José Maurício Domingues (UERJ/IESP)
CQ04 - O campo de públicas e as ciências sociais: interações nas formações e profissões
1ª sessão: Ensino, pesquisa e extensão sobre Políticas Públicas: interfaces e agendas entre as Ciências Sociais e o Campo de Públicas
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 13 – Hotel União
O movimento Campo de Públicas desde 2005 atua na defesa da formação interdisciplinar, teórico-prática, técnico-política de quadros para atuação na gestão da res publica, com a oferta de 384 cursos de graduação (presencial e a distância) em Administração Pública, Gestão Pública, Gestão de Políticas Públicas, Políticas Públicas, Gestão Social, além de pós-graduações, eventos, periódicos etc. Trata-se um campo multi/interdisciplinar que envolve conhecimentos das áreas de Ciências Sociais, Administração, Economia e Direito. As graduações são orientados por Diretrizes Curriculares Nacionais próprias (Res. MEC/CNE/CES nº. 1/2014), com recomendações que na formação básica haja conteúdos da sociologia, ciência política e estudos antropológicos; e na formação profissional, conteúdos sobre governos e políticas públicas. Esta mesa-redonda proposta pela Associação Nacional de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas (ANEPCP), objetiva discutir a formação no Campo de Públicas e suas interfaces com as Ciências Sociais, especificamente sobre processos formativos em políticas públicas, buscando problematizar desafios para o ensino, pesquisa, extensão e produção tecnológica.
Coordenação da sessão: Edgilson Tavares de Araújo (UFRB)
Expositor(a)s: Zilma Borges de Souza (FGV-SP) Rosana de Freitas Boullosa (UFBA), Gustavo Neves Bezerra (UFRJ)
Debatedor(a): Lindijane de Souza Bento Almeida (UFRN)
2ª sessão: Interfaces entre Campo de Públicas e Ciência Política: institucionalização, profissionalização e cooperação
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 13 – Hotel União
A mesa discutirá as interfaces entre o Campo de Públicas e a Ciência Política. O Campo de Públicas constitui um campo acadêmico e profissional multidisciplinar de ensino, pesquisa e extensão especializado nas relações entre sociedade e estado e nas políticas públicas. Como tal, reúne coordenadores, professores, estudantes e egressos em programas de graduação e pós-graduação com diversas denominações – Administração Pública, Gestão Pública, Políticas Públicas entre outros –, que se multiplicaram no século XXI, a partir das transformações recentes da gestão pública no Brasil. De um lado, por seu escopo, tem íntima relação com a Ciência Política, sendo dependente dos conceitos e ferramentas desta disciplina. De outro, a crescente institucionalização do campo, de que a aprovação de Diretrizes Curriculares Nacionais próprias e a formalização de associações de cursos, estudantes e egressos são marcos fundamentais, aponta para a necessidade de debater como as áreas se relacionam, fronteiras teórico-metodológicas e de atuação profissional e ações conjuntas para seu mútuo fortalecimento. Dessa forma, a mesa reunirá profissionais ligados ao debate da profissionalização em ambos os campos.
Coordenação da sessão: Telma Maria Gonçalves Menicucci (UFMG)
Expositor(a)s: Regina Claudia Laisner (UNESP), Rodrigo Rossi Horochovski (UFPR), Sandra Cristina Gomes (UFRN)
CQ05 - Antropologia e deficiência: cuidado, políticas públicas e discriminação Composição correta
1ª sessão: Políticas públicas e deficiência: Formas administrativas de discriminação
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 1 – Hotel Glória
Esta sessão trará um dimensionamento das questões relativas à deficiência no ponto em que elas se formalizam e modulam-se politicamente na intersecção com outras esferas teóricas e sócio-culturais. Ao focalizar a discussão da deficiência como categoria analítica nos planos teórico, metodológico e epistemológico das Ciências Sociais, a mesa redonda especula o quanto esta categoria está politicamente engendrada nas dimensões do cuidado, dos acessos à educação, trabalho e saúde e correlacionada aos modos hegemônicos de caracterização do corpo humano. Além disso, a mesa deseja auxiliar na consolidação dos “estudos da deficiência” nas Ciências Sociais do/no Brasil. Nossos esforços teórico-práticos têm sido os de: descolonizar as Ciências Sociais de práticas capacitistas, de ocupar a deficiência com as Ciências Sociais e também de Ocupar as Ciências Sociais com a Deficiência. Buscamos, portanto, promover uma discussão sobre os desafios, potencialidades e limitações de reflexões sobre a deficiência a partir das políticas de cuidado e, do mesmo modo, o quanto um olhar para a deficiência é essencial para pesquisadores que se propõem a pensar as teorias do cuidado.
Coordenação da sessão: Claudia Lee Williams Fonseca (UFRGS),
Expositor(a)s: Olivia von der Weid (UERJ), Adriana M. Dias (UNICAMP).
Debatedor(a): Patrice Schuch (UFRGS)
2ª sessão: Etnografias da deficiência: Políticas do cuidado e suas intersecções
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 1 – Hotel Glória
Com quase dois milhões e meio de brasileiros assolados pela pobreza, recebendo auxílios governamentais em razão de deficiências físicas e mentais crônicas, estudiosos e administradores do governo enfrentam o desafio de fornecer apoio adequado a um grande número de pessoas e suas famílias a fim de garantir os direitos básicos de bem-estar. Embora os profissionais de saúde brasileiros, em sua maioria com formação biomédica, sejam ativos há muito tempo nesse campo, apenas recentemente os cientistas sociais começaram a trazer suas perspectivas para o complicado conjunto de questões culturais, sociais e econômicas envolvidas. Os cientistas sociais desse painel, todos com experiência em pesquisa em questões relacionadas à deficiência, propõem reunir recursos para fomentar um debate que junte questões práticas de política com os insights fornecidos pela análise de pesquisa contemporânea
Coordenação da sessão: Valéria Aydos (UFRGS)
Expositor(a)s: Bruna Rocha Silveira (UFRGS), Marco Gavério (UFSCar).
Debatedor(a)es: Adriana Dias (UNICAMP) e Marco Gavério (UFSCar)
CQ06 - 50 anos dos movimentos de 1968
Coordenação: Marcelo Siqueira Ridenti (Unicamp), Maria da Glória Marcondes Gohn (Unicamp, UFABC)
Os movimentos de 1968 constituíram-se em fatos sócio-políticos e culturais que entraram para o acervo das memórias do século XX como um legado histórico. Não se trata de fato isolado em um país, região ou continente, mas de um conjunto de fatos históricos em diferentes partes, que tomou proporções de um furacão que atingiu todo o globo. Qual o legado básico das ações coletivas de 1968, o que as distinguiu? Por que atraíram a atenção do mundo todo? Qual o impacto no Brasil?O centro e a periferia do mundo foram sacudidos e, em todos os casos, houve a emergência da voz das maiorias silenciadas nas periferias, principalmente nas grandes cidades. Maiorias oprimidas também pelos regimes políticos, como na América, atraíram a ira de setores conservadores, que combateram as manifestações com canhões e baionetas, ou com medidas institucionais de Estado de exceção, como o Ato Institucional n. 5, no caso do Brasil. Ao lado dos aspectos diretamente políticos, 1968 foi também um ano simbólico da revolta cultural de gerações, os jovens dizendo não às formas conservadoras e puritanas que os controlavam, no sistema escolar e nas famílias. Os movimentos de1968 destacaram o papel do indivíduo e sua alienação na sociedade de consumo, clamando por outro modo de vida, num contexto em que a guerra no Vietnã era o horror do momento, marcado pela ligação entre a criatividade artística e a luta política.
1ª Sessão: O global e o nacional em 1968: cultura e política
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 9 – Hotel Glória
Os estudos sobre 1968 geralmente começam por detectar o caráter internacional dos movimentos daquele ano, apontam a variedade de manifestações de rua em todo o mundo, mas acabam discutindo em maior profundidade casos nacionais específicos. Como articular o local e o global? Haveria uma cultura internacional de contestação? Até que ponto ela se vinculava à política? A proposta é abordar essas questões conectando o 1968 brasileiro com outros daquele período, inseridos num contexto mundial de contestação e posterior reintegração à ordem.
Coordenação da Sessão: Marcelo Siqueira Ridenti (Unicamp)
Expositores: Marcelo Siqueira Ridenti (Unicamp), João Roberto Martins Filho (UFSCar), Marcos Napolitano (USP)
Debatedor: Fábio Mascaro Querido (Unicamp)
2ª Sessão : Participação, Movimentos Sociais e Direitos no Brasil: de 1968 a 2018
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 9 – Hotel Glória
Em 2018 duas datas emblemáticas na história político-social do Brasil são comemoradas: 50 anos das revoltas estudantis de 1968 e 30 anos da Constituição de 1988. A mesa objetiva fazer um balanço do papel da participação social e política no período, abrangendo formas de participação expressas em movimentos sociais, coletivo e organizações, e a participação institucionalizada da sociedade civil em canais da esfera pública, como conselhos e colegiados, em políticas públicas. A linha transversal destacada na trajetória é a questão dos direitos sociais, políticos e culturais que os estudantes pautaram em 1968 e a sociedade civil organizada reivindicou na década de 1980. Muitos desses direitos foram inscritos na Constituição de 1988. Como se deu a participação sociopolítica da sociedade civil na implementação de vários direitos nas últimas décadas e como tem sido o processo de desregulamentação/revisão de muitos desses direitos na década de 2010? Qual a relação dos movimentos de 1968 com as ações coletivas dos coletivos autonomistas a partir de Junho de 2013? Quais foram as conquistas no plano dos direitos da participação civil nas políticas públicas?
Coordenação da Sessão: Maria da Glória Marcondes Gohn (Unicamp, UFABC)
Expositores: Irlys Alencar F. Barreira (UFC), Angela Maria Randolpho Paiva (PUC-Rio), Anete Brito Leal Ivo da UCSAL (UFBA)
Debatedora: Maria da Glória Marcondes Gohn (Unicamp, UFABC)
CQ07 - Marx, mudança social e ciências sociais a 200 anos de seu nascimento
Coordenação: Luiz Eduardo Motta (UFRJ) Gonzalo Adrian Rojas (UFCG)
Desde que foi constituído o grupo de trabalho “Marxismo e Ciências Sociais”, cujo objetivo foi o de analisar as relações de mútua influência e, ao mesmo tempo, das lutas que se estabelecem entre, de um lado, as diferentes tradições marxistas do século XX e, de outro lado, as principais orientações teóricas no campo das Ciências Sociais, e estabelecer um diálogo crítico com as correntes da Sociologia, da Ciência Política e da Antropologia críticas à teoria marxista. Neste ano, o eixo central desse Colóquio: Marx, mudança social e ciências sociais a 200 anos de seu nascimento, tem como centralidade os 200 anos do nascimento de Karl Marx e de suas contribuições no campo das ciências sociais. Para isto organizamos duas mesas uma intitulada Atualidade de Karl Marx: Contribuições para análise das conjunturas e mudanças sociais e Karl Marx e as ciências sociais.
1ª sessão: Atualidade de Karl Marx: Contribuições para análise das conjunturas e mudanças sociais.
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 14 – Hotel União
Coordenação da sessão : Luiz Eduardo Motta (UFRJ)
Expositores: Marcos del Roio (UNESP-Marilia), Lucio Flavio Rodrigues de Almeida (PUC-SP), Gonzalo Adrián Rojas (UFCG)
2ª sessão: Karl Marx e as ciências sociais
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 14 – Hotel União
Coordenação da sessão: Gonzalo Adrián Rojas (UFCG)
Expositore(a)s: Luiz Eduardo Motta (UFRJ), Jórissa Danilla Aguiar Nascimento (UFRN), Danillo Enrico Martuscelli (UFFS), Janaina Freire dos Santos (UPE)
CQ08 - Colóquio do instituto da democracia e da democratização da comunicação
Coordenação: Leonardo Avritzer (UFMG)
O Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação é um projeto que associa grupos de quatro universidades brasileiras, a UFMG, a Unb, o Cesop Unicamp e o Iesp. O Instituto aplicou no último mês de março um survey sobre valores democráticos e confiança nas instituições que produziu resultados surpreendentes e preocupantes que merecem ser discutidos mais amplamente. A proposta do fórum é reunir duas mesas com os temas, uma com um debate mais amplo sobre a democracia no Brasil e na América Latina e a outra com uma discussão mias específica dos resultados do survey. As mesas irão contar com os seguintes pesquisadores:
1ª sessão : A Democracia no Brasil
Dia 23/10, terça-feira, das 20h30 às 22h30, sala 10 – Hotel Lopes
Expositores: Leonardo Avritzer (UFMG), Marisa Von Bulow (UnB), Miguel Carter (CEDAL), João Feres Jr. (IESP-UERJ).
2ª sessão: Os brasileiros e a crise da democracia no Brasil – Análise do survey “A cara da Democracia no Brasil” (Março/2018)
Dia 24/10, quarta-feira, das 20h30 às 22h30, sala 10 – Hotel Lopes
Expositores: Rachel Meneguello (UNICAMP), Débora Cristina Rezende de Almeida (UnB), Oswaldo Martins Estanislau do Amaral (Unicamp); Carlos Ranulfo de Melo (UFMG).
CQ09 - Aferindo a qualidade dos periódicos no Brasil e a geopolítica do conhecimento
Coordenação: Adrian Gurza Lavalle
1ª sessão: Avaliação da qualidade dos periódicos e os usos do Qualis nas diferentes áreas
Dia 23/10, terça-feira, das 17h30 às 19h30, sala 3 – Hotel Glória
Embora o Qualis, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), seja um instrumento orientado à avaliação da produção científica dos programas de pós-graduação, por seu desenho, na forma de uma lista que classifica periódicos em estratos de qualidade, constitui uma ferramenta de avaliação dos periódicos, com consequências relevantes sobre as submissões e acesso a financiamento. Tais consequências são controversas, bem como a capacidade do Qualis para aferir a qualidade dos periódicos. A esse respeito, na mesa serão examinadas e debatidas duas questões de modo comparativo ―contemplando diversas áreas de conhecimento, inclusive as três grandes áreas das ciências sociais ―: o quanto o Qualis é capaz de avaliar a qualidade dos periódicos e como essa capacidade varia entres as diferentes áreas. Sabe-se que os critérios adotadas para a classificação de periódicos variam por área, mas até muito recentemente não tinham sido apuradas evidências sistemáticas dos efeitos dessa variação na avaliação de periódicos. A mesa contará com exposição de resultados de pesquisa inéditos, que serão debatidos pelos coordenadores de área na CAPES.
Coordenador de sessão: Adrian Gurza Lavalle (USP; editor da RBCS)
Expositores: Lorena Guadalupe Barberia (USP)
Debatedores: Antonio Carlos de Souza Lima (UFRJ), Luis Manuel Rebelo Fernandes (PUC-Rio),
Marcelo Carvalho Rosa (UnB)
2ª sessão: Ciência aberta e internacionalização do conhecimento e da tecnologia da perspectiva do sul global
Dia 24/10, quarta-feira, das 17h30 às 19h30, sala 3 – Hotel Glória
A ciência aberta e a internacionalização do conhecimento e da tecnologia são fenômenos em disputa com diversas dimensões: objetivos de políticas públicas nacionais, instrumentos de mercantilização e desmercantilização, tendências associadas à globalização. Seja qual for a dimensão privilegiada na análise, tais fenômenos não ocorrem de modo semelhante nem distribuem sues custos e benefícios igualmente em diferentes regiões do globo, mas operam conforme uma geopolítica da produção e circulação de conhecimento. A mesa examinara a a ciência aberta e a internacionalização da perspectiva do sul.
Coordenador de sessão: Adrian Gurza Lavalle (USP; editor da RBCS)
Expositores: Colin Darch (Human Sciences Research Council, África do Sul), Breno Bringel (IESP), Maria Caramez Carlotto (UFABC)
Debatedora: Lorena Guadalupe Barberia (USP)
CQ10 - Colóquio Imagem e Som
1ª sessão: Cidades, cinema e políticas das imagens: metodologias de pesquisa nas Ciências Sociais
Dia 23/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala 5 – Hotel Glória
Essa mesa propõe discutir de que maneira as imagens, mais especificamente audiovisuais, têm propiciado caminhos de investigação privilegiados nas pesquisas das Ciências Sociais sobre a cidade. Para tanto, abordaremos ao menos três aspectos da relação entre cidade, cinema e políticas das imagens: 1) as análises das ciências sociais de filmes em paisagens urbanas; 2) a produção de filmes realizada por cientistas sociais como percurso teórico-metodológico; 3) a contribuição das imagens e de suas políticas na teoria social sobre a cidade. A partir desses 3 eixos, buscaremos discutir semelhanças e diferenças nas abordagens da Antropologia, Sociologia e Ciência Política.
Coordenação: Luis Felipe Kojima Hirano (UFG)
Participação: Ana Paula Alves Ribeiro (UERJ), Edson Faria (UnB), Paulo Jorge Ribeiro (UERJ)
2ª sessão: Fotografia documental: entre o acontecimento, a política e a arte.
Dia 25/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 5 – Hotel Glória
Nossa proposta é contribuir com uma reflexão sobre a fotografia documental, em especial aquela que é produzida pelo fotojornalismo que se constitui ligado aos acontecimentos e ao seu registro. Para além do registro do acontecimento, existe uma trama de outros sentidos e significados que a fotografia pode adquirir. Podemos pensar em seus usos na pesquisa? Quando o texto cala, a imagem fala? Quando a fotografia pode acionar outras dimensões diante de Estados totalitários e em regimes ditatoriais. Ou ainda, quando as imagens fotográficas podem reforçar uma ordem social estabelecida ou a contestar? Que outras formas de usos os cientistas sociais podem fazer das fotografias documentais, indo além da "documentalidade" ultrapassando suas margens e limites. Que trânsitos são possíveis entre a ciência, a política e a arte?
Coordenação: Luis Felipe Kojima Hirano (UFG)
Participação: Ana Luisa Fayet Sallas (UFPR), Milton Guran (UFF), Rachel de Rezende Miranda (IMS)