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MESAS-REDONDAS (MR)

 

MR01 1996 e 2014: Dois momentos da mobilidade social e da desigualdade intergeracional no Brasil.
Dia 22/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala7 – Hotel Glória

Por quase duas décadas, o IBGE não realizou pesquisas nacionais sobre mobilidade social e transmissão intergeracional da desigualdade no Brasil. A última havia sido a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1996. Em 2014, o IBGE voltou a realizar uma pesquisa nacional com dados que permitem a análise da mobilidade social e da transmissão intergeracional da desigualdade socioeconômica, a PNAD-2014. Foi basicamente a partir de 2016 que os cientistas sociais começaram a se debruçar sobre esses microdados do suplemento sobre mobilidade social da PNAD-2014. Hoje, já há alguns trabalhos desenvolvidos que permitem um primeiro entendimento mais amplo das diferenças mais marcantes entre os dois pontos do tempo, 1996 e 2014. Esta mesa reúne cientistas sociais que desenvolvem análises de microdados da PNAD a partir de perspectivas socioeconômicas, sociopolíticas e sociodemográficas. Essas nuances permitirão uma análise ampla – com enfoques em elementos socioeconômicos, processos demográficos e interações com as políticas públicas – dos fenômenos da mobilidade social e da transmissão intergeracional da desigualdade no Brasil em 1996 e em 2014.

Coordenação: Jorge Alexandre Barbosa Neves (UFMG)
Palestrantes: Carlos Antonio Costa Ribeiro Filho  (IESP-UERJ), Luciana Conceição de Lima (UFRN), Flavio Cireno Fernandes (FUNDAJ)



MR02    A Nova Era dos Extremos: novas formas de populismo, extremismo e formação de identidades em perspectiva comparativa.
Dia 22/10, terça-feira, das 08h30 às 10h30, sala 8  – Hotel Glória

A mesa pretende estimular o debate e a análise da emergência de novas e exacerbadas formas de populismo, por meio de um diálogo crítico sul-sul tanto quanto sul-norte. Queremos pensar comparativamente, tanto com relação ao passado, investigando quanto e como estas novas formas de fazer política e os novos líderes que as caracterizam, inovam ou mostram elementos de continuidade com relação ao passado, assim como com relação a outros Países de Norte e, sobretudo, do Sul Global.

Coordenação: Livio Sansone (UFBA),
Palestrantes: Omar Ribeiro Thomaz (Unicamp), Laura Moutinho (USP), Cynthia Andersen Sarti (UNIFESP)



MR03    A regionalização da ciência política
Dia 22/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala 3 – Hotel Glória

A proposta desta mesa redonda é, por um lado, analisar o impacto das políticas de expansão do ensino superior sobre a interiorização da Ciência Política nas regiões Centro-Oeste e Norte (com recorte específico nos estados de Goiás, Amapá e Pará), e, por outro, discutir a própria episteme a partir de um contexto regional não hegemônico. A discussão é mediada pela relação estabelecida entre a atuação do Estado nestas unidades federativas e as possibilidades de alternativas para a superação do fenômeno das desigualdades regionais na periferia do Brasil. A discussão desta mesa redonda possui como itinerário analisar a Ciência Política em seu processo de interiorização ao longo do Século XXI, com foco nos elos estabelecidos com a dinâmica regional, a partir da relação do Estado com a formulação de políticas públicas para Amazônia, dos impactos gerados nesta região, principalmente balizados pelo programa do REUNI (Programa de Apoio a Planos de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais) em contextos de assimetrias socioeconômicas.

Coordenação: Nírvia Ravena (UFPA),
Palestrantes: Ivan Henrique de Mattos e Silva (UNIFAP), Rafael Gonçalves Gumiero (UNIFESSPA), Gustavo Louis Henrique Pinto (IFG)
Debatedor: Jorgiene dos Santos Oliveira (UFOPA)



MR04    Abordagens sociológicas e relevância atual dos estudos sobre classes sociais
Dia 22/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala 9 – Hotel Glória

Nos dias atuais, o tema das classes sociais volta a ter indiscutível protagonismo. Tendências globais de fragmentação social, desproteção do trabalho, expansão do lumpenproletariado e expropriação territorial de comunidades, ao lado da crise generalizada de representação política, têm produzido acentuada polarização social. Com isso, levaram as análises de classes a readquirir relevância internacional na sociologia, à medida que focalizam os nexos estruturais entre desigualdades econômicas, políticas e culturais. Em consonância com esse cenário, além do incremento das pesquisas empíricas no Brasil, a reflexão teórica é fundamental. Nesse sentido, a mesa redonda se propõe a examinar os principais enfoques teórico-conceituais sobre classes sociais, considerando os movimentos de ascenso e refluxo dos estudos sobre classes e examinando as contribuições de referência nesse campo de estudos, sobretudo nas vertentes marxista, weberiana e bourdieusiana. Além disso, a mesa apresentará um panorama atual das abordagens sobre as classes no Brasil e identificará questões de atualidade em que os estudos sobre classes sociais se mostram indispensáveis.

Coordenação: Luiz Inácio Germany Gaiger (UNISINOS)
Palestrantes:  Nildo Silva Viana (UFG), Carlos Eduardo Sell (UFSC), Edison Ricardo Emiliano Bertoncelo (USP)   


 

MR05    Arte e distopia: a Sociologia da Cultura em tempos difíceis
Dia 22/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala2 – Hotel Glória

A ideia de distopia é o tema da mesa-redonda, que tem como proposta identificar, a partir de reflexões sobre a produção de bens de cultura, como o termo, próprio aos nossos tempos, pode ser lido em formas artísticas, literárias, imagéticas e sonoras. Notadamente, a temática não é nova nos campos das artes, da literatura e do cinema. Verificam-se, assim, modos pelos quais distopias se constituem como meios para a realização de obras bem como para análises de grupos sociais. Para tanto, serão enfatizadas leituras sociocríticas a pressuporem que elementos sociais se encontram nas (ou dentro das) próprias obras, mas podem ser igualmente observados como exteriores às mesmas, na contemporaneidade. Deste modo, considerando que expressões artísticas não são reflexos mecânicos da sociedade, mas modos de experimentação e construção de determinados contextos sociais, a distopia será debatida a partir de leituras plurais sobre artes plurais por pesquisadores da Sociologia da Cultura que refletirão sobre a atualidade de seu métier e as constantes crises do mundo empírico.

Coordenação: Eliska Altmann de Carvalho (UFRRJ)
Palestrantes: Enio Passiani (UFRGS), Mauro Luiz Rovai (UNIFESP), Sabrina Marques Parracho Sant Anna (UFRRJ)
Debatedora: Eliska Altmann de Carvalho (UFRRJ)


 

MR06    As ciências sociais ao sul: vozes insurgentes, debates emergentes
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 2 – Hotel Glória

As ciências sociais têm passado por um movimento complexo de revisitação de seus projetos originários, inextrincavelmente relacionados ao contexto da modernidade nascente nas metrópoles, que ocultavam de seus grandes tratados (de Mill a Marx; de Durkheim a Weber) o “fato total” do colonialismo, ratificando a negação da existência a imensos contingentes populacionais no planeta. O presente painel busca realizar um movimento dentro e através das ciências sociais, buscando pensar as possibilidades de diálogos ao Sul, partindo tanto de trabalhos teóricos quanto empíricos que se localizam nessa seara. Tais diálogos podem ser realizados tanto em relação a outras tradições intelectuais em termos transnacionais e nacionais, quanto dentro da própria polifonia existente nas ciências sociais situadas no Sul Global.

Coordenação: Amurabi Pereira de Oliveira (UFSC)
Palestrantes: Adélia Maria Miglievich Ribeiro (UFES), Amurabi Pereira de Oliveira (UFSC), Luciane Soares da Silva (UENF)


 

MR07    As ciências sociais brasileiras diante do retrocesso autoritário
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 1 – Hotel Glória

O Brasil vive um momento de erosão da democracia: crescente pressão social para impedir a expressão pública de determinadas posições, impossibilidade de diálogo entre diferentes, aparelho de Estado que age de forma cada vez menos disfarçada como guardião das hierarquias, acesso ao poder político de grupos comprometidos com a agenda do retrocesso e com a criminalização dos adversários. O cenário coloca múltiplos desafios para as ciências sociais, diretamente ameaçadas por projetos de cerceamento da liberdade acadêmica e de criminalização do pensamento crítico e pelo anti-intelectualismo ascendente. A mesa discute os dilemas que se colocam para as ciências sociais nestas circunstâncias. Como reagir à conjuntura sem que nossas agendas de pesquisa se tornem prisioneiras dela? Como combinar a intervenção mais contínua no debate público, que o momento exige, com o rigor científico próprio ao nosso exercício profissional? Como garantir a independência da reflexão acadêmica em momento de intensa polarização? Como equilibrar a defesa da autonomia universitária, da liberdade para ensinar e da pesquisa com as pautas gerais da democracia e com a solidariedade ativa aos grupos mais vulneráveis?

Coordenação: Luis Felipe Miguel (UnB)
Palestrantes: Adalberto Moreira Cardoso (IESP-UERJ), Isabela Kalil (FESP, Maíra Kubík Taveira Mano (UFBA),


 

MR08    As ciências sociais e os estudos sobre o turismo no Brasil: desafios, limites e possibilidades
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 6 – Hotel Glória

Os anos 2000 foram marcados por um esforço, da parte do Estado brasileiro, para implementar políticas governamentais visando a expansão do turismo. Um marco, neste sentido, foi a criação do Ministério do Turismo em 2003 e os Planos Nacionais, que criaram os parâmetros para uma política nacional de turismo com enfoque territorial. Esta iniciativa do Estado aconteceu via-à-vis com a expansão e a centralidade que o turismo ganhou na sociedade, impulsionado pela ampliação do acesso a bens e serviços para um número maior de pessoas. Soma-se a isto, a perspectiva de retornos político e econômico aos investimentos realizados pelo país na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Estes eventos desencadearam dinâmicas sociais, políticas, culturais e econômicas que são sentidos até os dias atuais nos mais diversos âmbitos do mundo social. Apesar da importância econômica, política, social e cultural que o turismo alcançou nas últimas décadas, o fenômeno turístico tem sido pouco debatido nas ciências sociais. Esta Mesa Redonda tem como objetivo contribuir para o avanço dos estudos nesta área, reunindo pesquisadores que se dedicaram a pesquisar estes processos no período recente.

Coordenação: Carlos Alberto Steil (UNIFESP),
Palestrantes: Rodrigo de Azeredo Grünewald (UFCG), Álvaro Banducci (UFMS), Felipe José Comunello (UFRGS)


 

MR09    As ciências sociais podem ser medidas?
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 4  – Anfiteatro Glória

É possível encontrar uma medida comum para avaliar o impacto da produção científica que englobe todas as Humanidades, as Ciências Sociais Aplicadas, as Ciências da Vida e as Exatas? Usualmente o Fator de Impacto de artigos científicos (IF JCR) é utilizado. Mas é a medida mais efetiva? Atualmente a CAPES está promovendo uma grande alteração nos parâmetros do Qualis Periódicos. A medida comum que deverá ser adotada é a medida de prestígio do periódico, o Scimago Journal Ranking (SJR), da Scopus. Que impactos isso terá na avaliação dos Programas de Pós-Graduação da área de Humanidades? Como medir impacto da produção acadêmica que não por meio do Fator de Impacto de artigos científicos (IF JCR)? E o que é e como medir o impacto social da produção das ciências sociais? Essas são questões centrais para o debate sobre o impacto das pesquisas em ciências sociais que a mesa “As ciências sociais podem ser medidas?” busca enfrentar.

Coordenação: Vanessa Elias de Oliveira (UFABC)
Palestrantes: Rita Barradas Barata (FCMSCSP), Adriano Nervo Codato (UFPR),  Marcelo Carvalho Rosa (UnB)


 

MR10    Ativismos feministas, política e poder
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 3 – Hotel Glória
É crescente o interesse acadêmico pela temática de gênero, estudos raciais e política no Brasil. O pequeno número de mulheres e de negros que participam do processo decisório na arena governamental ou no Parlamento, levou pesquisadoras feministas a voltarem-se para essa temática apontando suas causas e apontando estratégias para mudanças. A diversidade teórico-metodológica e a pluralidade de temas são as marcas desses estudos.A Ciência Política tradicional costuma desconsiderar temáticas relacionadas ao feminismo, a sexualidade e a racialidade, expondo assim os limites desse campo acadêmico. Para ampliá-lo e fortalecê-lo como instrumento analítico faz-se necessário incorporar um olhar interseccional sobre os estudos de Gênero. É nesse contexto que propomos a Mesa Ativismos Feministas, Política e Poder com o objetivo principal de discutir os movimentos feministas e suas intersecções em relação à política partidária e sua interação com a área governamental. Através do diálogo entre a Ciência Política e a Sociologia acreditamos que a Mesa ora proposta trará elementos teóricos e práticos para uma reflexão sobre as lutas dos feminismos e seus desafios no contexto político atual.

Coordenação: Maria Lúcia Moritz (UFRGS),
Palestrantes: Lourdes Maria Bandeira (UnB), Carla Simara Luciana da Silva Salasario Ayres (UFSC), Ana Cláudia Lemos Pacheco (UNEB)
Debatedora: Teresa Sacchet (UFBA)


 

MR11    Conflitos e resistências em tempos críticos: antigas e novas ameaças aos povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 1 – Hotel Glória

A mesa discute conflitos e resistências em tempos críticos para indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais a partir de um contexto de invisibilização da questão agrária e legitimação do agronegócio, que recrudesceu as tensões e reorganizou as forças políticas na disputa em torno do mercado de terras e da regulação ambiental. Problematiza-se o processo de privatização do patrimônio público fundiário a partir do Programa Terra Legal (2009) e das recentes mudanças legislativas (Lei 13.465/2017), que favorecem a concentração desse ativo. Esta dinâmica vem se aprofundando a partir da influência da bancada ruralista, da concertação do agronegócio como um todo e das iniciativas de desregulação ambiental que favorecem a abertura dos territórios tradicionais para a produção agropecuária e a mineração. Serão apresentadas pesquisas de campo junto à bancada ruralista e às populações tradicionais, dentre as quais os Makuxi e Wapichana (RR), ameaçados pela expansão do cultivo da soja; os Waimiri-Atroari (AM/RR), atingidos pela hidrelétrica de Balbina e pela Mineração Taboca; além das comunidades desterritorializadas no contexto do desastre da SAMARCO (MG).

Coordenação: Stephen Grant Baines (UnB)
Palestrantes: Raquel Oliveira Santos Teixeira(UFMG), Caio Pompeia Ribeiro Neto (USP), Débora Franco Lerrer (UFRRJ),
Debatedor: Aderval Costa Filho (UFMG)


 

MR12    Crise do capitalismo, democracia e neofascismo no Brasil
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 5  – Anfiteatro Caxambu -  Hotel Glória

Esta Mesa-Redonda tem por objetivo relacionar a atual fase do capitalismo à crise da democracia e ascensão da extrema-direita no Brasil. O objetivo é contribuir com as análises acerca da longa turbulência política pela qual passa o país. O pressuposto é que a atual fase do capitalismo, seus padrões de desenvolvimento, de acumulação e reprodução pemitem compreender as figurações contemporâneas dos conflitos distributivos entre as diferentes frações de classes, abrindo o caminho para o entendimento da conjuntura nacional. Trata-se de um esforço para juntar reflexões sobre a estrutura do capitalismo brasileiro com percepções de ordem conjuntural. A ênfase recai sobre a democracia e a emergência de possíveis tendências fascistizantes. Tal como em outros lugares do mundo, o neoliberalismo ortodoxo traz para o centro da disputa o combate às organizações das classes trabalhadoras e suas conquistas em termos de direitos sociais, políticos e econômicos.

Coordenação: André Vitor Singer (USP)
Palestrantes: Armando Boito Júnior (UNICAMP), Marcus Ianoni (UFF), Vladimir Ferrari Puzone (UnB)


 

MR13    Dependência e colonialidade no pensamento crítico latino-americano
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 1 – Hotel Glória

O objetivo da Mesa Redonda é fazer uma reflexão e balanço sobre as principais abordagens do pensamento crítico latino-americano, com atenção especial da assim chamada “teoria da dependência” (entre 1960 e 1970) e da “teoria da colonialidade” (entre 1990 e 2000). O debate centra-se na análise da trajetória e da produção intelectual de alguns autores – Florestan Fernandes (1920-1995), Theotonio dos Santos (1936-2018) e Aníbal Quijano (1930-2018) – que estabeleceram como tema chave as antinomias da modernidade latino-americana, bem como sua especificidade econômica, política, social, cultural e/ou ideológica. Através da tensão entre centro e periferia, desenvolvimento e subdesenvolvimento, colonialidade e modernidade; do diálogo com a tradição marxista; dos ciclos econômicos e das experiências políticas durante as últimas décadas, a produção intelectual das ciências sociais latino-americanas, tomando os três autores como exemplares, têm contribuído para a consolidação de formas genuínas de conhecimento de sua própria história a contrapelo das teorias eurocêntricas.

Coordenador: Sedi Hirano (USP)
Palestrantes:  Carlos Eduardo da Rosa Martins(UFRJ), Deni Alfaro Rubbo (UEMS),  Diogo Valença de Azevedo Costa (UFRB)
Debatedor: Sedi Hirano (USP)


 

MR14 (Des) Integração regional e lógicas nacionalistas: América Latina e Europa em perspectiva comparada
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 4 – Anfiteatro Glória
Os tabuleiros de xadrez do regionalismo europeu e latino-americano são distintos. Por um lado tem-se a existência de um projeto único que, até o Brexit, alarga-se dentro de uma dinâmica de vocação política e federalista, onde Estados-membros cedem, em muitos aspectos, parte de suas soberanias. Por outro, há uma pletora de iniciativas regionalistas voláteis que se sobrepõem e metamorfoseiam seus objetivos, onde Estados-membros agem dentro de uma estratégia cooperativa, mas essencialmente soberana. Assim, é provável que o significado de desintegração não seja o mesmo para os dois tabuleiros, posto que cada um deles está sujeito a processos distintos de integração. Contudo, isso não significa que, tomada as devidas precauções metodológicas, a União Europeia deva ser descartada como um referencial de mensuração. O objetivo desta Mesa Redonda é, usando a União Europeia como parâmetro comparativo, investigar como a matriz de arquitetura de integração regional da América Latina reage às forças de desintegração doméstica e sistêmica, concentrando-se especialmente no Mercosul e no Brasil, e dando atenção especial ao papel do nacionalismo nessas falências.

Coordenação: Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE)
Palestrantes: Amâncio Oliveira (USP), Alexsandro Pereira (UFPR), Carlos Roberto Sanchez Milani (IESP-UERJ)
Debatedora: Janina Onuki (USP)


 

MR15    Dinheiro e política: a influência do poder econômico no Congresso Nacional
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 6  – Hotel Glória

Esta Mesa reúne trabalhos desenvolvidos no âmbito do projeto "Dinheiro e política: a influência do poder econômico no Congresso Nacional", financiado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O primeiro relaciona o financiamento eleitoral recebido por deputados federais com a pertença dos parlamentares a comissões temáticas permanentes da Câmara. O segundo investiga a influência de grupos de interesse no interior das comissões da Câmara, a partir de dados relativos à participação desses grupos em audiências públicas. O terceiro focaliza o efeito de uma decisão de 2015 do Supremo Tribunal Federal (STF), que vedou o financiamento empresarial no Brasil, por meio da comparação de dados relativos ao perfil, ao desempenho eleitoral e ao financiamento de candidatos que concorreram nas eleições municipais de 2008, 2012 e 2016 e nacionais de 2010, 2014 e 2018.

Coordenação: Wagner Pralon Mancuso (USP)
Palestrantes: Manoel Leonardo Santos (UFMG), Bruno Pinheiro Wanderley Reis (UFMG), Wagner Pralon Mancuso (USP
Debatedor: Acir dos Santos Almeida (IPEA)



MR16    Dos desastres do desenvolvimento ao desenvolvimento dos desastres
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 2 – Hotel Glória

Da perspectiva das Ciências Sociais os desastres são acontecimentos sociais trágicos, sejam quais forem os eventos físicos associados. O foco predominante sobre tais acontecimentos tem estado nos sentidos dramáticos que entrecruzam narrativas imagéticas e verbais dos participantes diretos da crise aguda, seja porque sofrem, são responsáveis ou porque estes mitigam aspectos de privação súbita, intensa e coletiva. Tão relevante quanto isso é o esforço de identificação e interpretação ampliada dos processos e das lógicas sociais subjacentes ao conjunto dos casos recentes, sobretudo num contexto em que estes se repetem preocupantemente, o que aponta para a face perversa do modelo de desenvolvimento associado a tais dramas. Propomo-nos a discutir três aspectos do problema desde o seu atrelamento à lógica de desenvolvimento ao seu desenrolar no nível local, referente: a) às vinculações socioeconômicas entre os desastres e seu modo de espraiamento espacial; b) ao processo centralizado de gestão de emergências; c) aos conflitos concretos e potenciais entre as práticas técnicas de alerta antecipado e os direitos essenciais do lugar.

Coordenação: Norma Valencio (UFSCar)
Palestrantes:  Ana Paula Baltazar dos Santos (UFMG), Marcos Mattedi (FURB), Norma Valencio (UFSCar)


 

MR17    Drogas: alguns efeitos da sua proibição
Dia 24/10, quinta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 3 – Hotel Glória

Nos países em que são proibidos, a produção, a comercialização e o consumo de drogas disparam vários agenciamentos sociais, além da criminalização dos indivíduos engajados nestas atividades, promovendo sua fusão na categoria mais ampla de “classes perigosas”- grupos sociais considerados ameaçadores da ordem social. Na sociedade brasileira, estes segmentos são assim classificados, historicamente, também por força de atributos como renda (baixa ou inexistente), local de moradia (favelas e periferias) e cor de pele (preta ou parda). As representações sobre o indivíduo perigoso, entre nós, estão em grande medida associadas a estes atributos, e dispensam, muitas vezes, qualquer demonstração efetiva do poder ofensivo dos indivíduos representados. Os trabalhos reunidos nesta mesa redonda mostram, de forma bastante convergente, como estas representações movem o sistema brasileiro de justiça criminal nos processos referentes à Lei de Drogas. Construídos a partir de pesquisas sociológicas e antropológicas empíricas, eles apontam como esta Lei tem contribuído para a implementação do controle penal das “classes perigosas” nacionais.

Coordenação: Maria Paula Santos (IPEA)
Palestrantes: Maria Gorete Marques de Jesus (USP), Luzania Barreto Rodrigues (UNIVASF), Marcos Alexandre Verissimo da Silva (UFF)


 

MR18    Ecologia política da mineração: conflitos e desastres de norte a sul do Brasil
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 5, Anfiteatro Caxambu - Hotel Glória

Nos últimos anos, a expansão dos projetos de desenvolvimento tem sido responsável pela abertura de novas fronteiras minerárias e a sobrexploração em regiões onde a mineração se encontra consolidada no país. Tal contexto faz emergir conflitos e desastres, como aqueles sequenciais em Minas Gerais, Barcarena no Pará e no Bioma Pampa. Na perspectiva da Ecologia Política, a mesa pretende reunir análises da sociologia, da antropologia e da biologia com enfoque em diferentes regiões do país para debater as consequências do neoextrativismo que associa mineração, agronegócio e hidronegócio em torno de um modelo econômico que promete emprego e renda, mas cujo alcance ameaça, de fato, vidas e a sociobiodiversidade. Examinaremos os efeitos destrutivos para grupos locais (comunidades tradicionais,quilombolas e indígenas) e os arranjos e procedimentos institucionais desenhados com a finalidade de gerenciar os conflitos e os desastres decorrentes da mineração. A proposta objetiva debater a produção socio-política da vulnerabilidade social e ambiental nos contextos das fronteiras minerárias e a flexibilização das leis ambientais com o consequente desmanche do sistema regulatório em curso no país

Coordenação: Andréa Zhouri (UFMG)
Palestrantes: Edna Castro (UFPA), Sérgio Botton Barcellos (FURG/UFPel); Andréa Zhouri (UFMG)
Debatedor: Henri Acselrad (UFRJ)


 

MR19    Elites jurídicas no regime democrático: ativismo, reconversões políticas e corporativas
Dia 24/10, quinta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 5 - Anfiteatro Caxambu - Hotel Glória

A mesa redonda pretende discutir a trajetória das elites jurídicas na política brasileira no período pós-regime militar. A proposta contempla dois objetivos centrais. O primeiro consiste em contribuir para um balanço teórico-metodológico dos estudos que enfocam o recrutamento e a formação das elites jurídicas e a relação dessa dimensão com os processos decisórios e os marcadores da identidade corporativa e ativismo político. O segundo objetivo consiste em contribuir para a análise dos cenários mais recentes do ativismo político das elites jurídicas e seus limites e possibilidades na democracia brasileira.

Coordenação: Fabiano Engelmann (UFRGS),
Palestrantes: Cristiana Losekann (UFES), Fernando de Castro Fontainha (IESP-UERJ), Frederico Normanha Ribeiro de Almeida (UNICAMP)


 

MR20    Emprego ou direitos? As novas agendas de pesquisa em Sociologia do Trabalho
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 7 – Hotel Glória

Nos últimos anos, a tradicional associação entre emprego e direitos vem sendo substituída pela antinomia “emprego OU direitos”. O discurso que buscava legitimar a Reforma Trabalhista de 2017, e que tem sido sustentado pelo atual governo, é pautado no argumento de que o “excesso” de direitos sociais e trabalhistas seria um obstáculo ao crescimento econômico e à diminuição do desemprego. Assim, atividades pouco protegidas ou marcadamente informais passam a ser vistas como positivas e desejadas, entendidas como “oportunidades” por indivíduos sempre estimulados a assumirem um comportamento empreendedor. Em um contexto de transformações organizacionais e inovações tecnológicas, surgem novas ocupações e formas de produzir e de trabalhar, mudanças na relação entre capital e trabalho e nas identidades. Diante disso, as formas de resistência individuais e coletivas passam a ser, cada vez mais, desafiadas. Em um mundo do trabalho em constante transformação, esta mesa propõe-se a refletir sobre essas e outras questões urgentes e emergentes, a partir de novas agendas de pesquisa centradas nos temas da tecnologia, das formas de ação coletiva e da relação entre trabalho e desenvolvimento.

Coordenação: Jacob Carlos Lima  (UFSCar),
Palestrantes:  Aline Suelen Pires (UFSCar), Maurício Rombaldi (UFPB), Rodrigo Salles Pereira dos Santos (UFRJ)
Debatedor: Roberto Veras de Oliveira (UFPB)



MR21    Figuras do regresso: fascismo é conceito válido para pensar o Brasil hoje?
Dia 22/10, terça-feira, das 8h30 às 10h30, sala 4 – Anfiteatro Glória

Há quase cinco anos, o Brasil ingressou em período conturbado ao longo do qual crise econômica e política se combinaram para provocar grandes mudanças socioeconômicas e sérios abalos institucionais. A partir da recessão de 2014, a taxa de desemprego se eleva, a participação da indústria cai, enquanto assistimos à desarticulação de políticas sociais, à escalada de tensões entre os poderes da República e à profunda a degradação na qualidade do debate público e nos padrões de convivência política. O estudo das interconexões entre esses processos continuará desafiando a análise política e social. O objetivo desta mesa é mais modesto. Pretendemos refletir sobre o valor de categorias analíticas que têm sido sugeridas para a caracterização da dimensão política desse macroprocesso. Particularmente, a sessão visa refletir sobre a contribuição do conceito de fascismo para se entender o Brasil hoje. Assim, as análises visam repensar a problemática à luz das realidades contemporâneas da geopolítica internacional, do extremado protagonismo judicial e de imposição de narrativas por parte dos monopólios de comunicação.

Coordenação: Maria Rita G. Loureiro Durand (FGV-SP)
Palestrantes:  Sebastião Carlos Velasco e Cruz (UNICAMP), Laurindo Leal Filho (USP),
Marcio Sotelo Felippe (PGE)
Debatedora: Walquiria Domingues Leão Rego (CEDEC)


 

MR22    Greves de canavieiros e metalúrgicos: memória e futuro
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 6 – Hotel Glória

Ao fazer uma análise comparativa dos ciclos de greves promovidos por metalúrgicos de São Paulo capital e do ABC e por canavieiros de Pernambuco na virada dos anos 70 para os anos 80, esta mesa reúne os achados parciais de um projeto de pesquisa para coloca-los em debate. A bibliografia sobre o sindicalismo dos metalúrgicos do ABC e de São Paulo é extensa, mas não se pode dizer o mesmo dos estudos sobre o movimento dos canavieiros; o que suscita a necessidade de estudos comparativos entre esses dois ciclos de greves. Também constitui nosso objetivo não somente uma análise da memória desses movimentos recorrendo às trajetórias de vida de seus participantes, mas também observar que recepção tem tal memória pelas gerações seguintes. Dentre os temas apresentados pelos palestrantes estão a participação das mulheres na militância, o papel de organizações de base nas greves de 1978 e 1979 em São Paulo; a importância da federação e da confederação nos movimentos dos canavieiros; o impacto do ciclo de greves no encaminhamento do processo político da redemocratização; as dificuldades e potencialidades de articulação de greves unificadas em vastos territórios e grandes categorias.

Coordenação: Jose Sergio Leite Lopes (MN/UFRJ)
Palestrantes: Roberto Veras de Oliveira (UFPB), Marilda Aparecida de Menezes (UFABC), Jaime Santos Junior (UFPR),
Debatedor: Murilo Leal Pereira Neto (EPPEN)


 

MR23    Internet, desinformação e redes sociais online: da esperança à distopia
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 7 – Hotel Glória

A mesa tratará do cenário atual das redes digitais no Brasil e no mundo. As perspectivas democratizantes contidas na comunicação distribuída apresentadas por inúmeros pesquisadores (Castells, 2005; Levy, 2010; Benkler, 2006) estão sendo anuladas pela presença de processos de desinformação em escala, pelo crescente domínio das plataformas que concentram a atenção de milhões de pessoas e retomaram a verticalização comunicacional, características dos oligopólios da comunicação de massas, bem como pelo surgimento de um grande mercado de dados pessoais gerenciados por algoritmos que culminam em uma economia da vigilância (Zuboff, 2019; Silveira, 2017; Srnicek, 2017). A mesa, também tratará dos ataques à governança da Internet no Brasil praticados pelo atual governo e por corporações interessadas em alterar importantes conquistas consolidadas pelo Marco Civil da Internet, tais como, a neutralidade da rede e o modelo multissetorial de governança. A centralidade da Internet e das tecnologias digitais na sociedade contemporânea impõem uma agenda crítica para as Ciências Sociais no estudo das transformações nas dimensões econômica, sociais, políticas e culturais.

Coordenação: Claudio Luis de Camargo  Penteado (UFABC),
Palestrantes: Tanara Lauschner (UFAM), Marcos Dantas Loureiro (UFRJ), Sergio Amadeu da Silveira (UFABC)


 

MR24    Justiça e Segurança Pública sob o Bolsonarismo
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 4 – Anfiteatro Glória

O objetivo da mesa é realizar um primeiro balanço da experiência das instituições de Justiça e de Segurança Pública sob a égide do bolsonarismo. Responsáveis por fazer avançar o combate à corrupção e ao crime organizado nos últimos anos, mas também desafiadas a enfrentar os graves problemas da segurança pública neste período, tais instituições se veem agora diante de iniciativas que desafiam os ideais de 1988 e adotam uma nova visão da ordem pública e social. Instituições e políticas erguidas ao longo dos anos 1990 e 2000, nos campos da Justiça e da Segurança pública, têm sido postas à prova. Na encruzilhada em que se encontram, entre os princípios constitucionais de 1988 e a nova ideologia que ascendeu ao poder, como têm reagido tais instituições? Afinal, têm atuado como estribo ou freio no contexto dessa nova cavalgadura?

Coordenação: Rogério Bastos Arantes (USP)
Palestrantes: Ligia Mori Madeira (UFRGS), Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUC-RS), Fabio José Kerche Nunes (FCRB), Rogério Bastos Arantes (USP)



MR25    Limites e instabilidades de "família": uma categoria sob problematizações etnográficas e políticas
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 3 – Hotel Glória

O objetivo desta mesa-redonda é discutir definições, configurações e limites da categoria “família” a partir de perspectivas etnográficas e políticas. Tematizada desde o surgimento das ciências sociais em geral e da antropologia em particular, a categoria “família” se constitui ora como conceito ora como termo descritivo de relações e agrupamentos orientados por relações de parentesco, bem como por outras relacionalidades, iluminando diversos fenômenos e configurações sociais. Nos últimos anos, tem havido um interesse analítico renovado por temas em torno dessa categoria, ao mesmo tempo em que ela permeia debates na esfera pública, bem como ações estatais. A relevância desta mesa, portanto, se justifica por uma crescente centralidade da categoria "família" não só analiticamente, como também em políticas públicas, nas arenas econômicas de mercado, disputas jurídicas e nos debates políticos contemporâneos opondo e articulando múltiplas moralidades, categorizações e intersecções. Espera-se estabelecer um momento de reflexão de uma categoria conceitual e empírica tão importante e necessária à compreensão e ao enfrentamento de desafios e questões políticas e existenciais contemporâneas.

Coordenação: Carlos Roberto Filadelfo de Aquino (UFPI)
Palestrantes:  Ana Claudia Duarte Rocha Marques (USP), Bruno Puccinelli (UNICAMP), Michele Escoura Bueno (UFPA)
Debatedora: Ana Carneiro Cerqueira  (UFSB)



MR26    Mercados ilegais
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 8 – Hotel Glória

Nessa proposta o objeto em questão são os mercados ilegais que se formam em torno dos ilegalismos, justamente as trocas que os fazem funcionar. O fundamental nesse objeto é a venda e receptação de produtos, portanto, as redes que se formam para comercialização. Jogo do bicho, tráfico de drogas, roubo de cargas, milícias que cobram por proteção aos comércios e moradores, são exemplos de mercados ilegais. A segurança tornou-se mercadoria, fator importante nessa discussão e que tem que ser considerado nas pesquisas sobre o crime organizado. Importa dizer que não se trata apenas do delito, mas das relações comerciais que os fazem funcionar. Para que existam, tais mercados necessitam contar com a cooperação de atores legais, formando uma zona cinzenta entre a legalidade e os ilegalismos, questão fundamental para essa discussão. Assim, essa proposta de mesa redonda busca debater os mercados ilegais no Brasil hoje, bem como, situações em que aparecem no exterior. Ela visa, dessa maneira, contribuir para a discussão sobre o crime organizado atualmente em nosso país

Coordenação: Leonardo Damasceno de Sá (UFC)
Palestrantes: Eduardo Paes Machado (UFBA), José Luiz de Amorim Ratton Jr. (UFPE), Leonardo José Ostronoff (USP),
Debatedora: Adriana dos Santos Fernandes (UERJ)



MR27    Movimentos sociais e institucionalização: Políticas sociais, raça e gênero no Brasil
Dia 23/10, quarta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 9 – Hotel Glória

A institucionalização de formas de participação e incidência social sobre políticas públicas é fenômeno dos mais notáveis do Brasil pós-transição. Pressupostos analíticos das teorias de movimentos sociais ora eclipsam os processos de institucionalização, ora reduzem sua diversidade. Essas lentes não permitem apreender a especificidade dos padrões de interação socioestatais que moldam a atuação setorial do Estado – como nos casos debatidos na mesa (assistência social, saúde, saúde da população negra, HIV). Nossa abordagem atenta para processos de institucionalização que geram configurações de encaixes de médio alcance. Configurações de encaixes derivadas de processos de interação socioestatal, institucionalmente cristalizadas em níveis de hierarquia intermediários constituem domínios de agência, cujas propriedades definem a capacidade de ação dos atores aos que se reconhece agência em um âmbito de atuação específico. Como domínios de agência são produto de conflito, aprendizagem e cooperação, eles possuem perfis distintos. Argumentamos que a perspectiva de encaixes e domínios de agência permite diagnosticar os processos empíricos de institucionalização ocorridos no Brasil pós-1988.

Coordenação: Adrian Gurza Lavalle (USP)
Palestrantes: Euzeneia Carlos (UFES), Jose Eduardo Leon Szwako (IESP-UERJ), Flavia Mateus Rios (UFF)



MR28    O que estamos fazendo quando fazemos teoria política? Uma reflexão sobre as práticas do campo.
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 8  – Hotel Glória

A teoria política ocupa um lugar central na ciência política desde sua emergência como um campo científico próprio. Seja como instrumento de compreensão dos processos históricos de constituição das mais diversas formas de ordem política – e de suas concepções da autoridade, de soberania, de justiça, de representação, etc. - seja em seu aspecto normativo, estabelecendo vínculos diversos com a filosofia moral, a teoria do direito e a teoria social. Esta mesa propõe uma reflexão sobre a situação atual da pesquisa no campo da teoria política, resgatando diferentes discussões sobre a natureza do objeto da teoria política e as características de algumas de suas principais abordagens. Buscaremos refletir sobre algumas das modalidades da teoria política mais praticadas hoje no país, como as abordagens históricas e contextuais da teoria política a partir do estudo da história dos conceitos e do contextualismo linguístico; a abordagem da teoria normativa e sua dimensão construtivista; e a perspectiva da teoria crítica e seus vínculos com a teoria social. Ao fim, pretendemos estimular os pesquisadores e o público a uma reflexão epistemológica e metodológica sobre o campo da teoria política.

Coordenação: Ricardo Virgilino da Silva  (UFSC)
Palestrantes: San Romanelli Assumpção (IESP-UERJ), Ingrid Cyfer (UNIFESP), Paulo Henrique Paschoeto Cassimiro (IESP-UERJ)


 

MR29    Os atores da nova direita: de onde vieram, quem é seu público e qual sua doutrina ideológica?
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 9  – Hotel Glória

Durante o exercício da Presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a “nova direita” brasileira constituiu-se e sedimentou-se. Em espaços e em práticas nos quais a esquerda tinha preponderância desde a redemocratização, ela foi capaz de se impor: dos movimentos de rua ao jornalismo; do poder legislativo ao executivo. Além disso, ela desenvolveu recursos próprios de disputa, intervenção e atuação, como os ofertados pelas novas tecnologias. Apesar da visibilidade e estridência das diversas manifestações à direita do espectro político, sobretudo a partir de 2013, elas não podem ser compreendidas sem certo recuo no tempo. A militância de direita em questão remonta, pelo menos, ao primeiro episódio público de corrupção durante o governo do PT – o chamado “Mensalão”. Desde então, grupos outrora relegados às margens do debate público ganharam crescente importância, através de retóricas neoconservadoras ou ultraliberais, e construiu-se um “mercado de opiniões políticas reativas” às gestões presidenciais petistas e, mais, à própria ordem republicana brasileira. Esta Mesa-Redonda propõe a reunião de pesquisas que investigam este fenômeno multifacetado, abordando-o de diversos ângulos.

Coordenação: Lidiane Soares Rodrigues (UFSCAR)
Palestrantes: Flávia Biroli (UnB), Jorge Gomes de Souza Chaloub (UFJF), Camila Rocha de Oliveira (CEBRAP)



MR30    Os estudos urbanos e os debates epistemológicos contemporâneos: interferências e inspirações
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 2 – Hotel Glória
Vários campos temáticos onde se localizam pesquisas antropológicas e sociológicas têm sido renovados em termos metodológicos e conceituais, assim como novas frentes de investigação foram inauguradas no ímpeto trazido pelas propostas em torno da Teoria Ator-Rede (identificada a Bruno Latour, John Law e seus parceiros), das contribuições de Tim Ingold sobre ambiente e movimento e da sociologia pragmática (Boltanski, Thevenot, Cefai, Queré, Karsenti). A proposta da mesa é convocar reflexões sobre as interferências desses movimentos epistemológicos na pesquisa em cenários urbanos, identificando elementos que revelem inspirações vindas desses debates em pesquisas recentes. As apresentações são organizadas em torno das seguintes temáticas: expansão urbana sob o ponto de vista das práticas espaciais, das regulações territoriais e da vida cotidiana; circuitos sociais de grupos urbanos considerados marginais na cidade contemporânea; práticas de mobilidade entre espaços-tempos urbanos.

Coordenação: Candice Vidal e Souza (PUC-Minas)
Palestrantes: Thomas Jacques Cortado (UNICAMP), Gabriel de Santis Feltran (UFSCar), Candice Vidal e Souza (PUC-Minas)



MR31    Partidos políticos e ideologia: lacunas e potencialidades de diferentes estratégias metodológicas
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 9 – Hotel Glória
Ideologia política não se constitui em fenômeno auto-observável, ou de simples mensuração. Quando estudos acadêmicos buscam perscrutar a relação entre ideologia e partidos políticos, os critérios e protocolos adotados para a definição do desenho da investigação, da natureza dos dados a serem analisados, bem como das técnicas de pesquisa a serem implementadas são aspectos de fundamental importância. Seja através da mensuração do posicionamento ideológico dos partidos, ou de suas respectivas reputações ideológicas, tais estudos já apresentam um considerável acúmulo. Mas, a consolidação de espaços para que pesquisadores possam debater seus trabalhos e confrontar suas pesquisas de forma sistemática e contínua é imprescindível para que a disciplina avance ainda mais nesse terreno. Esta mesa tem como objetivo confrontar diferentes desenhos de pesquisa, distintas estratégias metodológicas e diferenças na natureza dos dados mobilizados pelos distintos grupos de pesquisa aqui relacionados. Tão importante quanto a comparação (e o debate sobre a comparabilidade) dos resultados obtidos em cada pesquisa, será a discussão sobre as potencialidades e as lacunas explicativas de cada investigação.

Coordenação: Rafael Machado Madeira (PUC-RS)
Palestrantes: Ednaldo Aparecido Ribeiro (UEM), Bianca de Freitas Linhares (UFPel), Soraia Marcelino Vieira (UFF)



MR32    Periferias e produção cultural em debate nas Ciências Sociais
Dia 22/10, terça-feira, das 15h00 às 17h00, sala 7 – Hotel Glória

Consideradas as edições do romance Capão Pecado (2000), das coletâneas Caros Amigos: Literatura Marginal (2001, 2002 e 2004) e início do Sarau da Cooperifa (2001), o protagonismo no cenário brasileiro, inicialmente paulistano, da produção cultural nas periferias urbanas aniversariará duas décadas. Ampliando-se a lente para a produção musical, tendo o rap como referência principal, a efeméride é ainda mais longeva, com mais de três décadas de consolidação no Brasil, sendo que um dos principais grupos do gênero, os Racionais Mc’s, comemoraram, em 2018, 30 anos de atuação. As pesquisas em ciências sociais sobre esses assuntos são praticamente sincrônicas aos movimentos coletivos e iniciativas individuais públicas que tornaram o tema conhecido nacionalmente. Assim como aqueles movimentos e iniciativas os debates nas áreas de Antropologia e Sociologia também se transformaram significativamente ao longo do tempo. Esta Mesa Redonda propõe um balanço do tema e do campo de pesquisa sobre a produção cultural das periferias.

Coordenação: Mário Augusto Medeiros da Silva (UNICAMP)
Palestrantes: Daniela Vieira dos Santos (UNICAMP), Érica Peçanha do Nascimento (USP), Tiaraju Pablo D’Andrea (UNIFESP)
Debatedor: Mário Augusto Medeiros da Silva (UNICAMP)



MR33    Pesquisas sobre crime organizado: desafios teóricos e metodológicos
Dia 23/10, quarta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 4 – Anfiteatro Glória

A presença de grupos criminosos organizados nos cenários urbanos de muitos países no mundo contemporâneo tem desafiado as Ciências Sociais quanto às questões teóricas e metodológicas que orientam as pesquisas voltadas para a compreensão desses grupos e de sua atuação. Alguns dos desafios são de natureza analítica relacionados: à diversidade desses grupos em termos de sua origem social; às formas de organização e atividades desenvolvidas; aos territórios sobre os quais exercem sua influência e controle; às articulações que mantêm com as economias legais; aos vários arranjos que estabelecem tais grupos com agentes na esfera do estado; aos riscos que representam para o funcionamento das democracias. Outros desafios se colocam no terreno mesmo a metodologia de investigação sobre essas questões. A proposta da mesa é discutir as pesquisas já realizadas nessa temática na área das Ciências Sociais, bem como os possíveis caminhos teóricos e metodológicos em relação ao chamado crime organizado, tomando em consideração tanto a ampla produção acadêmica internacional como aquela voltada para a compreensão da experiência brasileira.

Coordenação: Fernando Afonso Salla  (USP)
Palestrantes: César Barreira  (UFC), Michel Misse (UFRJ), Sergio Adorno (USP)



MR34    Pluralismo, tolerância e democracia
Dia 24/10, quinta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 6 – Hotel Glória

A teoria política é um instrumento fundamental das sociedades democráticas na medida em que contribui para o fortalecimento do debate público, oferecendo julgamentos avaliativos sobre uma série de questões em que impera o dissenso. Se a teoria política tem uma importância fundamental sob um arranjo político democrático, ela torna-se imprescindível em contextos nos quais esta institucionalidade está ameaçada. Em anos recentes, parecemos vivenciar um tipo de transformação na ordem política que tem sido encarada por muitos como uma espécie de recessão democrática. A mesa redonda aqui proposta pretende contribuir para a elaboração de uma visão crítica sobre os acordos e compromissos que envolvem a constituição, a estabilidade e a revitalização de uma sociedade democrática por meio dos instrumentos oferecidos por uma teoria política voltada para problemas. Nesse aspecto, vamos nos dedicar aos temas clássicos da teoria política contemporânea, como as ideias de liberdade, democracia, e tolerância, e às questões relacionadas à distribuição dos encargos e benefícios da cooperação social e aos dilemas associados às formas de desigualdade estrutural que vicejam nas sociedades contemporâneas.
Coordenação: Renato Francisquini (UFBA)
Palestrantes: Alvaro de Vita (USP), Ivo Coser (UFRJ), Luciana Maria de Aragão Ballestrim (UFPel)



MR35    Políticas migratórias no Brasil contemporâneo: desafios, retrocessos e perspectivas.
Dia 24/10, quinta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 8 – Hotel Glória

Essa mesa redonda propõe uma discussão sobre o que tem acontecido no cenário legislativo nacional sobre migrações, deslocamentos, estrangeiros e refugiados desde o governo Temer, quando foi aprovada a nova lei de migrações com uma série de vetos e também sua regulamentação. Esse processo envolve uma série de embates públicos sobre o teor da lei, os vetos a pontos sensíveis pelo então presidente Temer e uma regulamentação que muitos afirmam ser flagrantemente ilegal. Depois do governo Temer, o atual governo apresenta inicialmente uma postura contrária à migração em geral, como demonstra o abandono do Pacto Mundial de Migração na ONU, do qual o Brasil era signatário, assim como as críticas severas à lei aprovada no governo Temer. Dado esse contexto de aversão clara aos fluxos migratórios, de uma desconfiança generalizada em relação aos migrantes (tanto aos estrangeiros que chegam quanto aos brasileiros que partem), nossa intenção é discutir o atual cenário político e legislativo, elaborando reflexões sobre quais são os desafios, perspectivas e os efeitos dessas políticas no país atualmente.

Coordenação: Igor José de Renó Machado (UFSCar)
Palestrantes: Angela Mercedes Facundo Navia (UFRN), Marcelo Alario Ennes (UFS),
Denise Fagundes Jardim (UFRGS)



MR36    Punição e trajetórias criminais
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 7 – Hotel Glória

A proposta é analisar formas de controle social em diferentes instâncias da vida social e observar como determinadas políticas de controle dos pobres produziram processos de encarceramento em massa e discursos públicos de que é possível “vencer” a violência “sem direitos humanos” que são acionados em múltiplos sistemas de privação de liberdade e para criminalizar grupos sociais específicos. A partir de uma análise multidisciplinar e que trata de diferentes contextos regionais (São Paulo, Ceará e Rio Grande do Norte), a Mesa aborda a realidade prisional e dos centros socioeducativos como formas de controle social que impactam de maneira singular a vida de jovens e suas famílias. Busca compreender ainda os efeitos sociais dessas práticas e da sujeição de pessoas nesses contextos, bem como refletir como essas dinâmicas (privativas e punitivas) contribuem para a criação de trajetórias criminais particulares, para a ascensão de grupos armados conhecidos como “facções criminosas” - que, cada vez mais, têm protagonismo no controle da massa prisional, na gestão de mercados ilegais e de populações classificadas como periféricas – e para a multiplicação de problemas sociais.

Coordenação: Juliana Gonçalves Melo (UFRN)
Palestrantes: Camila Caldeira Nunes Dias (UFABC), Liana de Paula (UNIFESP), Luiz Fábio Silva Paiva (UFC)



MR37    Relações interespecíficas no Brasil contemporâneo: um olhar a partir das tensões entre o urbano e o “natural”
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 3 – Hotel Glória
A Antropologia desde longa data tem mostrado que as cidades brasileiras constituem-se como nichos simbólico-práticos humanos a partir da significativa heterogeneidade sociocultural que nelas ocorre e se complexifica no decorrer do tempo. O fenômeno urbano implica construções de pessoas/indivíduos situados numa arena social que envolve constrangimentos e expressões de civilidade na urbe; a elaboração de trajetórias/mobilidades sociais frente aos campos de possibilidades que se apresentam aos sujeitos e pressupõem a agência humana a partir de um caráter específico, no entanto, a Antropologia tem se deparado com a presença/agência animal nas cidades, onde espécies companheiras constituem a urbe com os humanos, produzindo sentidos diversos e constrastivos diante do que entendemos como esferas humanas e/ou animais. Dos pets aos animais de labuta, dos animais tabu aos desejos carnistas, da simbólica do animal em extinção aos animais de experimentos laboratoriais, a animalidade figura como expressão de diferenças no mundo que nos tornam humanos, senão pela exacerbação do contraste, certamente pelo compartilhamento de mundos-próprios em interação na continuidade tensional da vida urbana.

Coordenação: Flávio Leonel Abreu da Silveira (UFPA)
Palestrantes: Felipe Ferreira Vander Velden (UFSCar), Ana Paula Perrota Franco  (UFRRJ), Ana Cláudia Rodrigues da Silva (UFPE),
Debatedora: Eliane Sebeika Rapchan  (UEM)



MR38    Representação e sub-representação na crise da democracia - novos atores e comportamento politico
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 9 – Hotel Glória

No momento em que as instituições democráticas estão sendo globalmente questionadas e novas formas de representação são legitimadas pela opinião pública, cabe levantar discussões acerca do futuro da democracia representativa e do vazio da representação. Neste contexto, esta mesa procura refletir sobre as encruzilhadas para a inclusão de minorias de diversos segmentos ideológicos no processo político, bem como debater sobre o papel dos novos atores que tanto questionam os procedimentos democráticos, como apostam em alargar a democracia. Além disso, a mesa busca interpretar o lugar dos grupos emergentes que buscam a representação na esfera pública e que demonstram sua força institucional ou dos segmentos que, ao contrário, são sub-representados na esfera institucional. Serão examinados a representação dos indígena e dos evangélicos, os grupos da nova direita radical, os influenciadores digitais e novos partidos emergentes. Os trabalhos apresentados são resultados de pesquisas com metodologias quantitativas e qualitativas, produzidos por pesquisadores de distintas instituições e regiões brasileiras.

Coordenação: Helcimara de Souza Telles (UFMG),
Palestrantes: Carlos Augusto da Silva Souza (UFPA), Claudio Luis de Camargo Penteado (UFABC), Paulo Victor Teixeira Pereira de Melo (FAMINAS BH)
Debatedor: Debora Messenberg Guimarães (UnB)



MR39 Sociologia e existência
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 8 – Hotel Glória

A presente mesa da ANPOCS pretende tratar de dimensões por vezes por discutidas das obras dos diversos sociólogos e filósofos (clássicos e contemporâneos), explorando a conexão entre seus retratos do mundo, de um lado, e as caracterizações "existenciais, implícitas ou explícitas, do ser humano como um animal sedento de amparo e significação, de outro. Deste maneira, pretende-se explorar as contribuições a essa família de perspectivas que vislumbram o vínculo entre a contingência da ordem social e o impulso existencial humano por segurança ontológica. Nessa perspectiva dialética que articula investimento existencial e ordenação do mundo - ou simplesmente entre sociologia e existência -, podemos ler toda a teoria social como um conjunto de intuições antropológico-filosóficas quanto às maneiras pelas quais as pessoas lidam com sua fragilidade existencial diante das incertezas e riscos inerentes à sua inserção no mundo, obedecendo a um impulso de vivenciar seus contextos de ação e de experiência, tanto quanto possível, como seguros, inteligíveis e confiáveis.

Coordenação: Frederic Vandenberghe (UFRJ)
Palestrantes: Gabriel Peters (UFPE), Artur Fragoso de Albuquerque Perrusi (UFPE), Miriam Cristina Marcilio Rabelo (UFBA)
Debatedor: Diogo Silva Correa (UVV)




MR40    Trabalhadores, sindicatos e ações coletivas no campo: agenda em face das reformas
Dia 24/10, quinta-feira, das 15h00 às 17h00, sala 1 – Hotel Glória

A mundialização capitalista tem transformado as relações sociais de produção, particularmente no que tange ao emprego e as condições de trabalho. Na cidade e no campo, o processo de reestruturação produtiva associado a mecanismos de dominação do capital globalizado vêm dificultando as estratégias de ação coletiva da classe trabalhadora, assim como suas modalidades de representação sindical. A PEC 06/2019, por sua vez, apresenta um conjunto de alterações nas regras da Previdência Rural que inviabiliza o acesso dos trabalhadores rurais, à proteção previdenciária. A proposta de reforma da previdência em discussão no Congresso Nacional, afetará a aposentadoria dos agricultores familiares. Neste contexto de perdas de direitos trabalhistas, a Rede de Estudos Rurais tem buscado refletir sobre os desdobramentos dessas mudanças. O objetivo da mesa é debater sobre as respostas e saídas organizativas desses grupos sociais, enquanto força de trabalho? Quais os desafios da ação coletiva num contexto de declínio do poder institucional dos trabalhadores em consequência do enfraquecimento dos sindicatos? Quais as implicações dessas mudanças para as futuras gerações?

Coordenação: Ramonildes Alves Gomes (UFCG)
Palestrantes: Arilson Favareto (CEBRAP), Jaime Santos Junior (UFPR), Vilenia Venancio Porto Aguiar (UFSC)




MR41    Violência de gênero nas universidades brasileiras: panorama atual e caminhos para a ação
Dia 24/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h30, sala 1 – Hotel Glória

Esta mesa redonda propõe discutir a violência de gênero dentro das universidades públicas brasileiras, refletindo sobre o contexto em que acontecem, seus desdobramentos e as formas de enfrentamento. Para além das violências física e sexual, mais evidentes, no meio universitário os desequilíbrios e assimetrias de gênero se apresentam de forma bastante específica e resultam em violências morais e psicológicas que repercutem no aprendizado e desempenho acadêmico de estudantes e na atuação profissional de professoras e funcionárias. Desqualificação intelectual, humilhações, constrangimentos, silenciamento, ofensas, interrupção de falas e cortejos indesejados são algumas das formas de violência sofridas. Para fomentar este debate, o escritório USP Mulheres reuniu quatro universidades públicas que estão trabalhando com o problema através de pesquisas e ações voltadas para a comunidade universitária, sendo elas: a Universidade de São Paulo, que coordena esta mesa redonda, a Universidade Federal de Juiz de Fora, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Goiás.

Coordenação: Eva Alterman Blay (USP)
Palestrantes: Célia da Graça Arribas (UFJF), Marcia Cristina Bernardes Barbosa (UFRGS), Sirlene Moreira Fideles (UFG)
Debatedor: Gustavo Venturi (USP)

 

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